“Não existe verdadeira inteligência sem bondade.”,
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827): compositor alemão.
O jornal “A Ordem”, do Porto (Portugal), publicou tempos atrás instrutivo diálogo imaginário entre dois médicos, a respeito do aborto. Diz-se que tal diálogo teria sido criado por Benjamin Constant, conhecido cientista político francês do século passado. O colóquio é o seguinte:
— Suponhamos que você seja o médico de uma família em que o pai é sifilítico, o primeiro filho é cego, o segundo nasceu aleijado, o terceiro tuberculoso, o quarto oligofrênico [1], e a mãe, que espera o quinto rebento, vem-lhe pedir que faça um aborto. O que faria você?
O outro médico responde prontamente:
— Neste caso não teria dúvidas em atendê-la. Seria mais do que justo.
O primeiro médico, jocoso, arremata em tom fulminante:
— Parabéns! Você acaba de assassinar Ludwig van Beethoven!…
A atitude irracional, precipitada e pecaminosa do médico abortista teria assim não só privado um ente do mais elementar dos direitos – o direito à vida – mas impedido a humanidade de enriquecer-se com um inegável talento musical.
Excerto do artigo “A matança de inocentes”.
Publicado pela Revista Catolicismo em novembro de 1989.
Nota do editor:
- Refere àquele que sofre de oligofrenia. A oligofrenia é uma doença que pode ser de origem hereditária, ou ser adquirida precocemente e que afeta o sistema nervoso central.