“Não podemos mais nos dar ao luxo de sermos tão politicamente corretos.”,
Donald John Trump: 45.º presidente dos Estados Unidos.
De onde vêm todas essas coisas que se ouve falar – o feminismo, o movimento gay, as estatísticas inventadas, a história reescrita, as mentiras, os protestos e todo o resto? Pela primeira vez na história os americanos têm motivos para tomar cuidado com o que dizem, com o que escrevem, com o que pensam. Eles têm que ter medo de usar a palavra errada, a palavra tida como ofensiva, insensível, racista, machista ou homofóbica.
Tem-se observado, particularmente neste século, o mesmo cenário em outros países, e a sensação que se tem é de pena e, para falar a verdade, de diversão, além de soar muito estranho que as pessoas possam permitir-se viver numa situação onde elas tenham medo de usar as palavras que usam. E nós estamos vivendo essa situação aqui nos EUA. Primeiro aconteceu nas universidades, mas agora a coisa está se espalhando por toda a sociedade. Qual a origem disso?
Nós chamamos isso de discurso “politicamente correto”. O nome originou-se como que uma piada, e nós ainda tendemos a pensar no assunto com metade da seriedade devida. Na verdade, é algo terrivelmente sério. É a grande doença do século, a mesma que fez dezenas de milhões de mortos na Europa, Rússia, China, em todo o mundo. É a doença da ideologia.
Se olharmos o problema de maneira analítica, de maneira histórica, rapidamente descobriremos sua natureza exata. Politicamente correto é igual a marxismo cultural. É marxismo traduzido de termos econômicos para termos culturais. É um esforço que começa não nos anos 1960, com os hippies e o movimento pacifista, mas sim na Primeira Guerra Mundial. Se nós compararmos os conceitos básicos do politicamente correto com o marxismo, o paralelo entre eles é bastante óbvio.
Em primeiro lugar, ambos são ideologias totalitárias. A natureza totalitária do politicamente correto não poderia ser revelada de maneira mais clara do que nos campi universitários, os quais muitos são hoje em dia pequenas “Coréias do Norte” com jardim, onde os estudantes e professores que ousam cruzar qualquer dos limites colocados por feministas, ou por ativistas pró-homossexuais, ou por grupos negros ou hispânicos locais, ou quaisquer outros grupos que o politicamente correto possa girar em torno, rapidamente se veem em problemas judiciais. Dentro do pequeno sistema legal da universidade, eles enfrentam acusações formais – alguns procedimentos inquisitórios – e punição. Essa é uma pequena amostra do que o politicamente correto pretende para todo o país.
Na verdade, todas as ideologias são totalitárias porque a essência de uma ideologia (lembro que conservadorismo, corretamente entendido, não é uma ideologia) é afirmar, com base em uma filosofia, que certas coisas devem estar de acordo com ela – como, por exemplo, a ideia de que toda a história da nossa cultura resume-se à opressão das mulheres. Como a realidade contradiz essa filosofia, então a realidade mesma deve ser proibida. E é preciso tornar-se proibida para que reconheçamos a realidade da nossa história. As pessoas devem ser forçadas a viver uma mentira, e já que as pessoas são naturalmente relutantes em fazê-lo, elas naturalmente usam seus olhos e ouvidos e pensam: “Espere um minuto. Isto não é verdade. Eu posso ver que não é”. Então o poder do Estado deve ser colocado por trás da exigência de se viver uma mentira. É por isso que ideologias invariavelmente dão origem a Estados totalitários.
Em segundo lugar, o marxismo cultural do politicamente correto, como a economia marxista, tem uma singular explicação da história. A economia marxista afirma que toda a história é determinada pela propriedade dos meios de produção. O marxismo cultural, ou politicamente correto, afirma que a história é determinada pelo poder, onde grupos são definidos em termos de raça, sexo, etc., e têm o poder sobre outros grupos. Nada mais importa. Na verdade, toda literatura é sobre isso. Todas as coisas passadas têm a ver com isso.
Em terceiro lugar, do mesmo modo que certos grupos na economia marxista clássica, i.e. trabalhadores e camponeses, são bons a priori, e outros grupos, i.e. burgueses e donos de capital, são maus, no marxismo cultural politicamente correto certos grupos também são bons – mulheres feministas (somente elas, mulheres não-feministas são tidas como inexistentes), negros, hispânicos, homossexuais. Esses grupos são escolhidos para serem “vítimas” e, por isso, são automaticamente bons, não importa o que façam. Similarmente, machos brancos são automaticamente determinados para serem maus, tornando-se assim o equivalente aos burgueses da economia marxista.
Em quarto lugar, ambos (marxismo econômico e cultural) baseiam-se na expropriação. Quando os marxistas clássicos – os comunistas – tomaram o poder na Rússia, eles expropriaram a burguesia tomando suas propriedades. Do mesmo modo, quando marxistas culturais tomam um campus universitário, eles expropriam por meio de quotas de admissão. Quando um estudante branco mais qualificado tem a sua admissão negada em favor de um negro ou de um hispânico não tão qualificado, o estudante branco é expropriado. Empresas de propriedade de brancos não conseguem um contrato porque este é reservado para uma empresa de propriedade de, digamos, hispânicos ou mulheres. Logo, expropriação é a principal ferramenta para ambas as formas de marxismo.
E, finalmente, ambos têm um método de análise que automaticamente dá a resposta que eles querem. Para o marxista clássico, o método é a economia marxista. Para o marxista cultural, o método é o desconstrucionismo. Essencialmente, o desconstrucionismo remove todo o sentido de um texto e reinsere qualquer sentido desejado. Então nós descobrimos, por exemplo, que toda a obra de Shakespeare é sobre a opressão das mulheres, ou a Bíblia é sobre raça e sexo. Todos esses textos tornaram-se úteis para provar que “toda a História é sobre quais grupos têm poder sobre os outros”. Por isso os paralelos são tão evidentes entre o marxismo clássico – que nós conhecemos da antiga União Soviética – e o marxismo cultural – que nós vemos hoje como na forma do politicamente correto.
Mas os paralelos não são acidentais. Os paralelos não vieram do nada. O fato é que o politicamente correto tem uma história muito mais longa do que as pessoas pensam, exceto para um pequeno grupo de acadêmicos que têm estudado o assunto. E a história vai, como eu disse, de volta à Primeira Guerra Mundial, da mesma forma que tantas patologias que vêm destruindo nossa sociedade e, no fim, nossa cultura.
A teoria marxista dizia que quando a guerra generalizada na Europa chegasse (como aconteceu em 1914), a classe trabalhadora da Europa iria se levantar e derrubar seus respectivos governos – os governos burgueses – porque os trabalhadores tinham mais em comum com os seus pares de outros países do que com a burguesia e a classe dominante nos seus próprios países. Bem, 1914 chegou e isso não aconteceu. Por toda a Europa os trabalhadores agarraram-se às suas bandeiras nacionais e marcharam satisfeitos para lutar uns contra os outros. O Kaiser apertou as mãos dos social-democratas alemães e disse que naquele momento não havia partidos, só havia alemães. E isso aconteceu em cada país da Europa. Alguma coisa estava errada.
Os marxistas sabiam que, por definição, esse algo não poderia ser a teoria. E dois marxistas começaram a pensar nisso: Antonio Gramsci na Itália e Georg Lukacs na Hungria. Gramsci disse que os trabalhadores jamais iriam perceber os seus verdadeiros interesses de classe, como assim definidos pelo marxismo, até eles serem libertados da cultura ocidental, particularmente do Cristianismo, uma vez que todos eles estavam cegos pela religião e pela cultura aos seus reais interesses de classe. Lukacs, que foi considerado o teórico marxista mais brilhante desde o próprio Marx, perguntou-se, em 1919: “Quem irá nos salvar da cultura ocidental?” Ele também teorizou que o grande obstáculo à criação do paraíso marxista era a cultura e, por conseguinte, a própria civilização ocidental.
Lukacs teve a chance de pôr suas idéias em prática, porque quando o governo bolchevique Bela Kun tomou o poder na Hungria em 1919, ele tornou-se Comissário para a Cultura naquele país, sendo que seu primeiro ato foi introduzir a educação sexual nas escolas húngaras. A medida assegurou que os trabalhadores não apoiassem o governo, porque os húngaros a detestavam, tanto trabalhadores como qualquer um. Mas ele já tinha feito a conexão que hoje muitos de nós encaramos com surpresa, como uma coisa moderníssima.
Em 1923, na Alemanha, foi fundado um centro de estudos que tomou para si a tarefa de traduzir o marxismo de termos econômicos para culturais, o que criou o discurso politicamente correto que conhecemos hoje, tendo, portanto, suas bases assentadas essencialmente no fim da década de 1930. Isso foi possível por causa de Felix Weil, filho de um milionário comerciante alemão, que se tornou marxista e tinha um bocado de dinheiro para gastar. Contrariado com as divisões dentro das fileiras marxistas, Weil patrocinou a Primeira Semana de Trabalho Marxista, reunindo Lukacs e muitos outros importantes pensadores alemães para discutir sobre as diferenças do marxismo.
Então Weil decide que era preciso criar um think thank. Washington é cheia de think thanks, e nós pensamos que eles são novidades. Na verdade, eles existem há muito tempo. Weil subsidiou um instituto associado à Universidade de Frankfurt, fundado em 1923, que era originariamente para ser conhecido como o Instituto para o Marxismo. Mas as pessoas por trás dele decidiram logo no começo que não era do seu interesse serem identificados abertamente como marxistas. A última coisa que o politicamente correto quer é que as pessoas percebam que ele é uma forma de marxismo. Então eles decidiram chamá-lo de Instituto de Pesquisa Social.
Weil tinha muita clareza dos seus objetivos. Em 1971, quando o Instituto de Pesquisa Social rapidamente ficava conhecido informalmente, ele escreveu para Martin Jay – autor de um livro sobre os princípios da Escola de Frankfurt – dizendo: “Eu quero que o Instituto fique conhecido, talvez até famoso, em função de suas contribuições para o marxismo.” Bem, ele teve o que queria. O primeiro diretor do Instituto, um economista austríaco chamado Carl Grunberg, finalizou seu discurso, de acordo com Martin Jay, “colocando de maneira clara sua convicção pessoal na metodologia científica do marxismo”. Segundo ele, o marxismo seria o princípio norteador do Instituto, e isso jamais mudou.
Os trabalhos iniciais do Instituto eram convencionais, mas em 1930 assumiu um novo diretor chamado Marx Horkheimer, e as visões dele eram bem diferentes. Ele era definitivamente um marxista renegado. As pessoas que criaram e formaram a Escola de Frankfurt eram todos eles marxistas renegados. Eles eram ainda verdadeiramente marxistas no seu pensamento, mas tinham efetivamente saído do Partido. Moscou, observando o que eles faziam, diria algo como “Hei, isto não somos nós, não iremos apoiar uma coisa dessas.”
A primeira heresia de Horkheimer é que ele era muito interessado em Freud, e a chave para que ele pudesse traduzir o marxismo de termos econômicos para termos culturais era essencialmente a sua combinação com o freudismo. Mais uma vez, Martin Jay escreve que “Se podemos afirmar que, no começo de sua história, o Instituto preocupava-se primeiramente com a subestrutura sócio-econômica da sociedade burguesa” – e eu observo que Jay é bastante simpático à Escola de Frankfurt, não estou citando um crítico a ela aqui -, “nos anos que se seguiram seus interesses iniciais eram por sua superestrutura cultural. De fato, a fórmula marxista tradicional, no que diz respeito à relação das duas, foi posta em questão pela Teoria Crítica.”
Todas essas coisas da moda – feminismo radical, os departamentos de estudos das mulheres, dos gays, dos negros – todas elas são ramificações da Teoria Crítica. O que a Escola de Frankfurt faz essencialmente é usar tanto o marxismo quanto o freudismo nos anos 1930 para criar o que se conhece por Teoria Crítica. O termo é engenhoso porque você fica tentado a perguntar, “Do que se trata a teoria?” A teoria serve para criticar. A teoria é o caminho para destruir a cultura ocidental e não aceitar que o capitalismo seja uma alternativa. Seus teóricos explicitamente se recusam a aceitar essa hipótese. Eles afirmam que a alternativa capitalista não é válida, uma vez que não nos é dado imaginar como deve ser uma sociedade livre (a definição deles de sociedade livre). Dado que nós estamos sob repressão – a repressão da ordem capitalista que cria (na teoria deles) a patologia descrita por Freud da repressão individual – nós não podemos imaginá-la. A Teoria Crítica resume-se em simplesmente criticar. E isso pede a crítica mais destrutiva possível, em todas as possibilidades, projetada para destruir a ordem contemporânea. E, claro, quando ouvimos das feministas que toda a sociedade está contra as mulheres e assim por diante, esse tipo de crítica deriva da Teoria Crítica. Tudo vem dos anos 1930, não dos anos 1960.
Outros membros importantes que se juntaram ao time foi Teodoro Adorno e, especialmente, Erich Fromm e Herbert Marcuse. Fromm e Marcuse introduziram um elemento que é central no politicamente correto: o sexo; particularmente Marcuse, que em seus próprios escritos clamava por uma sociedade “polimorficamente perversa”, a sua definição para a sociedade futura que desejava criar. Nos anos 1930, Marcuse escrevia coisas bastante extremadas sobre a necessidade de liberação sexual, mas essa acabou tornando-se uma bandeira de todo o Instituto. Mais uma vez, um dos principais temas do politicamente correto começou nos anos 1930. Na visão de Fromm, masculinidade e feminilidade não refletiam diferenças essenciais como os românticos tinham pensado. Na verdade, essas diferenças derivavam de funções da vida, que eram em parte socialmente determinadas. “Sexo é uma convenção; diferenças sexuais são convenções.”
Outro exemplo é a ênfase que verificamos hoje no ecologismo. “Desde Hobbes, o materialismo levou a uma manipulação dominadora sobre a natureza”. Este é Horkheimer escrevendo, em 1933, na obra Materialismus und Moral. “O tema da dominação do homem sobre a natureza”, de acordo com Jay, “deveria tornar-se uma preocupação central da Escola de Frankfurt nos anos seguintes.” “O antagonismo da fetichização do trabalho de Horkheimer (aqui ele está obviamente partindo da ortodoxia marxista) expressa outra dimensão do materialismo, da demanda pelo humano, pela felicidade sensual.” Num dos seus mais profundos ensaios, Egoísmo e o Movimento para a Emancipação, escrito em 1936, Horkheimer “discute a hostilidade com relação à gratificação pessoal, inerente à cultura burguesa.” E ele especificamente faz referência favorável ao Marquês de Sade, pelo seu “protesto… contra o ascetismo em nome de uma moral mais elevada.”
Mas como as coisas chegaram nesse ponto? Como entraram nas nossas universidades e em nossas vidas? Os membros da Escola de Frankfurt são marxistas, mas também são judeus. Em 1933, os nazistas tomaram o poder na Alemanha e, naturalmente, fecharam o Instituto de Pesquisa Social. Os membros do Instituto deixaram o país. Eles foram para Nova York, onde o Instituto foi restabelecido com o suporte da Columbia University. E gradualmente os membros do Instituto, durante os anos 1930 – apesar de muitos deles ainda escreverem em alemão – mudaram o foco da Teoria Crítica sobre a sociedade alemã – o criticismo sobre cada aspecto daquela sociedade – para a sociedade americana. E houve outra importante transição quando chegou a guerra. Alguns deles foram trabalhar no governo, incluindo Herbert Marcuse, o qual se tornou figura chave na OSS (a precursora da CIA), e muitos outros, incluindo Horkheimer e Adorno, mudaram-se para Hollywood.
Essas origens do politicamente correto não significariam muito para nós hoje não fosse dois eventos subsequentes. O primeiro foi a rebelião dos estudantes nos anos 1960, a qual se deu em grande parte pela resistência à convocação para as forças armadas e à Guerra do Vietnã. Mas os estudantes rebeldes precisavam de algum tipo de teoria. Eles não podiam simplesmente dizer: “Que se danem, nós não iremos”; eles precisavam de algum suporte teórico por trás disso. Poucos deles estavam interessados em se embrenhar na leitura de “O Capital”. O marxismo econômico clássico não é nada leve, e a maioria dos radicais da década de ’60 eram pouco profundos. Felizmente para eles, e infelizmente para nosso país como um todo – não só para a universidade – Herbert Marcuse permaneceu na América depois que a Escola de Frankfurt restabeleceu-se na Alemanha depois da Guerra. Na Alemanha, enquanto Adorno ficava estarrecido quando estourou a rebelião por lá – os estudantes invadiram a sala de aula de Adorno e ele chamou a polícia para prendê-los -, Herbert Marcuse, que permaneceu nos EUA, viu na revolta a grande chance. Ele percebeu a oportunidade de transformar os trabalhos da Escola de Frankfurt na teoria da New Left nos EUA.
Um dos livros de Marcuse foi essencial para o processo. Este livro transformou-se na bíblia do SDS (*) e dos estudantes rebeldes dos anos 1960. Em Eros e Civilização, Marcuse argumenta que sob a ordem capitalista (ele maquia fortemente o marxismo, o subtítulo é Uma Investigação Filosófica de Freud, mas o esqueleto é marxista) a repressão é a sua essência, e disso resulta na descrição freudiana: o indivíduo com todos os complexos e neuroses em função do desejo sexual reprimido. É possível enxergar um futuro – uma vez que se possa destruir a ordem repressiva vigente – no qual sendo Eros liberado, libera a libido, o que conduz ao mundo da “perversidade polimórfica” onde “cada um pode fazer o que quiser”. Diga-se de passagem, nesse mundo não haverá mais trabalho, somente diversão. Que mensagem maravilhosa para os radicais dos anos 1960! Eles eram estudantes, eram baby-boomers, e estavam crescendo sem ter que se preocupar com nada, exceto em eventualmente arrumar um emprego. E aqui você tem um sujeito escrevendo umas coisas muito fáceis de serem seguidas. Ele não exige dos jovens densas leituras de marxismo e, principalmente, diz a eles as coisas que querem ouvir. “Faça o que quiser”, “É gostoso fazer isso” e “Vocês nunca vão ter que trabalhar”. Aliás, Marcuse foi o homem que inventou a frase “Faça amor, não faça a guerra.” Voltando para o problema enfrentado nos campus, Marcuse define “tolerância libertadora” como intolerância para tudo que vem da direita e tolerância para qualquer coisa que venha da esquerda. Marcuse juntou-se à Escola de Frankfurt em 1932 (salvo engano). Mais uma vez, a coisa começou na década de ’30.
Por fim, a América passa hoje pela maior e mais terrível transformação na sua história. Os EUA estão se transformando num Estado ideológico, num país com uma doutrina oficial apoiada pelo poder estatal. Há pessoas cumprindo pena por “crimes de ódio”, ou seja, crimes políticos. E o Congresso movimenta-se no sentido de expandir essa categoria de crimes ainda mais. A ação afirmativa é parte disso. O terror contra qualquer um que discorde do ‘politicamente correto’ nas universidades é parte disso. Exatamente o que aconteceu na Rússia, na Alemanha, na Itália, na China, está ocorrendo aqui. E nós não percebemos porque nós chamamos isso de politicamente correto e nos rimos. Minha mensagem é que isso não tem graça nenhuma, está bem aqui, está crescendo, e eventualmente vai destruir – como deseja fazer, tudo o que nós sempre entendemos por nossa liberdade e nossa cultura.
Escrito por William S. Lind.
Traduzido por Eduardo Ribeiro.
Publicado por Mídia Sem Máscara, em 8 de fevereiro de 2006.
Originalmente escrito em inglês, e publicado no website Academia.org
Bill Lind é diretor do Centre for Cultural Conservatism for the Free Congress Foundation e fez discursos semelhantes a este por diversas vezes em nome da Accuracy in Academia. Em especial, este foi proferido na American University, em 2000.
Nota do tradutor:
Students for a Democratic Society, uma organização estudantil fundada em 1960 para promover a participação em assuntos governamentais (após o início da Guerra do Vietnã dedicou-se a protestar ativamente contra a guerra).