“Não se acha a paz evitando a vida.”,
Adeline Virginia Woolf (1882 – 1941): escritora, ensaísta e editora britânica.
Para se falar sobre o aborto é necessário ter em mente algumas verdades indispensáveis:
- O aborto é, sim, assassinato;
- Portanto, o aborto é sempre inaceitável, a não ser que manifesta e inequivocamente haja a necessidade de se optar entre a vida da criança e a vida da mãe;
- Em caso de estupro a criança gerada pode ser dada para adoção; a permissão do aborto em caso de estupro pelo Código Penal torna esta forma de aborto legal, mas não a torna ética;
- A mulher tem direitos sobre seu próprio corpo, mas não tem direitos sobre os direitos do outro ser humano que está dentro dela, o qual tem direito inalienável à vida e à proteção;
- Os sentimentos da gestante não podem ser levados em consideração na questão do aborto, mas tais sentimentos precisam ser trabalhados de modo a se adequarem ao direito à vida de que é sujeito a criança, e não subordinar essa questão ética fundamental à flutuação dos humores da gestante; a ciência psicológica dever servir para trabalhar tais sentimentos para se adequarem a patamares mais altos de valorização da vida; ninguém precisa de um profissional da psicologia para validar o desejo de abortar, pois essa validação pode ser feita por qualquer pessoa com qualquer nível de escolaridade; para isso basta dizer “minha filha, faça o que te faz sentir bem”;
- Combater a mentira tão divulgada de que o número de mães que morrem em consequência de abortos clandestinos ou caseiros tem proporções epidêmicas; a campanha para resolver o problema de não tão numerosas mortes não é a legalização do aborto, mas um política de promoção de valores familiares e de paternidade e maternidade responsáveis;
- Entender que as crianças abandonadas hoje não deveriam ter sido abortadas, mas devem ser adotadas pelos muitos casais sem filhos em busca de adoção;
- Entender também que as crianças que estão abandonadas o estão por causa da promiscuidade sexual, e não por precárias condições financeiras; pobre cria um ou cria dez; assim foi com nossos avós em gerações passadas; como não estamos em guerra para haver grande quantidade de órfãos, as crianças abandonadas são resultado da promiscuidade sexual e da irresponsabilidade de homens e de mulheres e, por mais que seja politicamente incorreto dizer isso, mais da irresponsabilidade das mulheres, já que o corpo que portará um novo ser humano é delas e está sob o controle delas com os modernos métodos contraceptivos não abortivos; por desleixo ou intencionalmente a mulher permite que uma gravidez ocorra em uma relação fortuita, e depois quer reivindicar direito de matar o ser humano que está em seu ventre.
Todas essas verdades são muito desagradáveis de se ouvir, mas sem reconhecê-las, não é possível nenhuma discussão séria sobre o aborto. No presente caso a ideologia feminista falseia a verdade; as ideologias de esquerda que culpam os contextos sócio-econômicos mentem ainda mais. É preciso vencer a cegueira promovida pelas ideologias para que se possa enxergar o problema com objetividade e não para justificar sofismas.
Escrito por Cláudio Machado Pombal.
Publicado originalmente pelo website Mídia Sem Máscara, em 27 de outubro de 2012.
Assista ao vídeo intitulado: “O aborto e a falácia dos números”, e obtenha com o Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior informações fidedignas e pouco divulgadas.
Ouça também um diálogo entre o filósofo Olavo de Carvalho e o Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior. Você irá constatar a falta de idoneidade daqueles que defendem o aborto por meio de fatos.