Qual o problema da homenagem do Google a Paulo Freire?

Obra: "Mexican cattle drive in Southern California" (1883), de William Hahn (1829 - 1887).

Dai-me quatro anos para ensinar às crianças e as sementes que terei plantado jamais serão erradicadas.
Vladimir Lênin (1870 – 1924)



O Google resolveu “tirar uma” com a cara do brasileiro.

A lacração do dia é a homenagem a Paulo Freire, o “patrono da educação brasileira”, pelos 100 anos de seu nascimento.

Por muitos anos, o pedagogo foi aplaudido pela classe intelectual, sem que ninguém ousasse questionar sua autoridade. Era uma espécie de entidade sacrossanta, em que ninguém encostava.

Há uns anos, felizmente, isso começou a mudar.

Vozes se levantaram para mostrar que a “pedagogia do oprimido” de Paulo Freire era, na verdade, a transposição da luta de classes marxista para o âmbito da educação.

Google Paulo FreireComeçou a ficar claro que seus métodos educacionais envolviam gatilhos que despertavam uma consciência política de esquerda no aluno.

O processo de alfabetização foi politizado, martelando-se certas expressões e palavras-chave na cabeça da criança, tais como “capitalismo opressor”, “proletariado”, “latifúndio”, “imperialismo estadunidense”, de forma a incutir sentimentos políticos, e não o conhecimento propriamente dito.

A “pedagogia do oprimido” quebra o princípio de hierarquia que há entre professores e alunos, trazendo a ideia degenerada de que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.

Com a ideia de que ninguém educa ninguém, a figura de autoridade do professor é imediatamente quebrada, levando o aluno a perder sua base, sua referência, passando a flutuar no mundo intelectual – sabendo-se lá onde vai parar.

Vem de Paulo Freire também a ideia de que “ensinar não é transferir conhecimento”, ou seja, ele privilegia a emoção política em detrimento do conteúdo.

É dele também a frase “não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”. Aqui, temos o relativismo cultural aplicado à educação, como se todo tipo de conteúdo torpe tivesse o mesmo valor.

Não é por outro motivo que o Brasil permanece, há anos, nas últimas posições no ranking mundial de educação.

Esse é o resultado do ensino utilizado como instrumento da revolução. Viva Paulo Freire!


Por Ludmila Lins Grilo (19 de setembro de 2021).
Este texto foi extraído de uma postagem realizada pela autora em canal do Telegram.


Nota da editoria:

Imagem de capa: “Mexican cattle drive in Southern California” (1884), de William Hahn (1829 – 1887).


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Sandro Penha

O que Freire fez foi só transportar o marxismo para dentro das escolas e das mentes de crianças e jovens. Uma, dentre várias consequência disso? Professores e alunos numa relação sem hierarquia, dentro da distópica “igualdade” marxista, entram em conflito, pois os segundos dependem dos primeiros para progredir na vida escolar e não querem ser “prejudicados” com reprovações. http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/05/quase-metade-dos-professores-estaduais-ja-sofreram-com-agressao.html

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