“Nós [brasileiros] temos a obrigação de estabelecer uma estratégia, não de querer fazer uma competitividade em igualdade de condições, mas de ajudar os países mais pobres (Venezuela, Colômbia, etc.) a ter uma relação conosco em que a vantagem possa ser desses países menores.”
Proferido por Luiz Inácio Lula da Silva durante o
encerramento do Encontro de Governadores da Frente Norte do Mercosul no ano de 2007
Decidir emocionalmente é malvisto, especialmente pelos homens que supostamente tomam decisões usando mais a razão do que a emoção, considerado coisa de mulher.
Por outro lado, mulheres se queixam que somos racionais demais, e que demoramos para tomar uma decisão urgente.
Ambos estão certos, os dois sexos tomam decisões emocionais e racionais, e ambas válidas.
O que chamamos de “emocional” na realidade é o sistema que possuímos para tomarmos decisões rápidas.
O que chamamos de “racional” é o sistema cerebral que possuímos para tomarmos decisões mais a longo prazo.
Mulheres são “emocionais” simplesmente porque são elas que mais precisam tomar decisões rápidas.
E nas decisões rápidas:
- Usamos nossas primeiras impressões.
- Usamos somente o conhecimento que já conhecemos.
- Usamos nossos preconceitos.
- Usamos fórmulas simples.
- Não raciocinamos.
- Não medimos as consequências dos nossos atos.
Me assusta o número de mulheres e homens que vão votar usando somente as suas emoções “não gosto do jeito dele”.
Sem pesquisar, sem controlar seus preconceitos, sem medir as consequências dos seus atos.
(Eleger novamente a maior quadrilha de bandidos da história do Brasil, e achar que subitamente todos se tornaram puros e honestos não é nada racional.)
Perguntei a 40 amigos e amigas a dizerem “qual a primeira palavra que vem na cabeça depois de eu mencionar o nome de um candidato em particular.
As respostas foram “nojo”, “louco”, “cretino”, “psicopata”.
Quando peço que expliquem esses termos, fica claro que a maioria está respondendo usando o seu sistema emocional e não o racional.
As respostas do outro candidato foram “ladrão”, “ex-presidiário”, “corrupto”, neste caso usando o sistema razão.
Por Stephen Kanitz.
Publicado no blog do autor em 23 de agosto de 2022.
Notas da editoria:
Imagem da capa: “The County Election” (1858), George Caleb Bingham (1811 – 1879).