O texto desta postagem foi encontrado em um antigo rascunho de e-mail contendo diversas colagens (escritos independentes dentro de um único e-mail). No encerramento do trecho aqui publicado havia a seguinte descrição: “Transcrição de entrevista concedida em 12 de maio de 2008”. O conteúdo é útil e notoriamente remete ao pensamento de Olavo de Carvalho, no entanto, o linguajar não demonstra compatibilidade com o filósofo, assim resolvemos não atribuir autor específico.
Por meio de regulamentos administrativos se passam leis que jamais seriam aprovadas pelo parlamento. Por exemplo, no Brasil, não há casamento gay, mas já se faz dele fonte de direitos. Assim, informalmente, este passa a existir e, futuramente, a lei não terá como negar direitos já existentes. É um “truque” para tornar esta e outras coisas oficiais sem intervenção de leis ou discussões parlamentares; é uma técnica planejada por engenheiros sociais da ONU e utilizada no mundo todo.
Outro exemplo: na Inglaterra, a poligamia é desconsiderada oficialmente. Se algum deputado surgisse com um projeto sobre tal tema, iria apanhar! Então, pegaram um departamento (no caso a Previdência Social) e baixam uma portaria (obviamente, não foi e não será discutida) e determinam que o sujeito que tem um casamento poligâmico receberá mais de uma pensão. Pronto! Tal modalidade de casamento não existe, mas é fonte de direitos. Dado que, comumente uma “coisa” não pode ser simplesmente uma fonte de direito, então, mais dia, menos dia, virará direito oficial (lei).
Outra técnica simples e funcional está no uso de pesquisas. Por exemplo, atualmente, se fazem consultas em diversos Estados americanos sobre a legalização da maconha. Como o objetivo é aprová-la, anunciam-se frequentemente apenas os resultados dos Estados mais favoráveis, transparecendo que aquilo é unânime – aí se fazem ou refazem referendos (devido às mudanças/induções de opinião) – se um Estado ganha, pronto: ONGs e grande mídia anunciam que é questão de tempo para que o mesmo ocorra em outros Estados. E realmente há grandes chances que acabe ocorrendo.
Autor desconhecido.
Revisado por Fabio Rabello.
Nota do editor:
A imagem associada a esta postagem ilustra recorte da obra “Waiting for the verdict”, criada em 1859 pelo pintor britânico Abraham Solomon (1823 – 1862).