“Realidade Concisamente” é uma seção da Revista Catolicismo, periódico mensal fundado em 1951 por Plinio Corrêa de Oliveira e os Bispos Dom Geraldo de Proença Sigaud e Dom Antônio de Castro Mayer.
Reproduzimos aqui quatro tópicos disponíveis entre as páginas 14 e 15 da edição 849 de agosto de 2021.
“Lockdowns climáticos” em cogitação
O líder democrata no Senado dos EUA, Charles Schumer (foto), pediu ao presidente Biden “poderes de emergência” para fazer “lockdowns climáticos” com vistas a restringir a circulação dos cidadãos e assim “combater o CO2”.
Num estudo pago pela Fundação Bill & Melinda Gates, a economista italiana Mariana Mazzucato propôs “limitar o uso de veículos particulares, o consumo de carnes vermelhas, enquanto as empresas parariam de extrair e produzir combustíveis”. Os cidadãos que não aceitarem essas imposições seriam “trancados em suas casas, forçados a comer cubos de soja e perderiam seus carros”. Pode-se concluir que se trata de uma chantagem planetária preparada pela encíclica ‘Laudato Si’ e pelo Sínodo da Amazônia.
Desfazimento do Chile?
A Convenção que vai preparar a nova Constituição do Chile começou com anarquia nas ruas. Além da agenda LGBT, a maioria dos constituintes quer também adotar leis tribalistas e anárquicas para 10 tribos que pedem autonomia.
A ativista indígena Elisa Loncon (foto), líder das arruaças incendiárias que não pouparam sequer as igrejas, presidirá a Convenção e pede o reconhecimento da Mãe Terra ou Pachamama “contra toda dominação”. A bancada de bom senso não atinge a terça parte dos constituintes necessários para vetar esses projetos de leis descabelados. As discussões poderão levar ao naufrágio e desfazimento do Chile. Esse é o objetivo proposto pelos arautos, civis e eclesiásticos, do tribalismo indígena como ideal para todo o mundo.
Pequim utiliza vacinas como arma de conquista
A Mongólia esperou “um verão sem COVID”, o Bahrein contava “voltar à vida normal” e as ilhas Seychelles almejavam retomar a economia, confiando nas vacinas chinesas. Mas estas não foram eficazes e agora está em curso uma escalada de contágios e óbitos nesses países.
A “diplomacia das vacinas” comunista está ávida de conquistar nações debilitadas pela pandemia. Muitas delas pedem indenizações multibilionárias pela irresponsabilidade da China na origem e proliferação do maldito vírus. Mas isso pouco importa aos chefes marxistas de Pequim, insensíveis à vida das vítimas de suas falaciosas promessas. Batbayar Ochirbat, do Ministério da Saúde da Mongólia, lamenta: “Cantamos vitória com antecedência. Meu conselho é não confiar antes do tempo”.
Ditador bielorrusso interdita hino nacional que invoca Deus
O ditador da Bielo-Rússia, Aleksandr Lukashenko (foto), proibiu de se cantar nas igrejas católicas o velho hino nacional “Deus Forte”, que qualificou de “hino fascista”.
Os bielorrussos o entoaram na igreja da Assunção no feriado nacional, como crítica ao ditador que prolonga o regime soviético. Lukashenko restaurou a bandeira da república soviética e mudou a festa da Independência para o dia em que os exércitos soviéticos ocuparam o país. Putin quer evitar que se repita na Bielo-Rússia a onda popular que enxotou o ditador pró-russo Yanukovytch na Ucrânia. Essa insurreição anticomunista é um dos fantasmas nos pesadelos do ditador russo.
Publicado originalmente pela Revista Catolicismo em setembro de 2021.
Nota da editoria:
Imagem de capa: “Joe reading newspaper” (2013), de David Tanner.