A Verdade saindo do poço

Obra "A Verdade saindo do poço" (La Vérité sortant du puits armée de son martinet pour châtier l’humanité - 1896), de Jean-Léon Gérôme (1824 - 1904).

Moderação na defesa da verdade é serviço prestado à mentira.
Olavo de Carvalho



A pintura (imagem de capa) “A Verdade saindo do poço armada do seu chicote para castigar a humanidade” (no original: La Vérité sortant du puits armée de son martinet pour châtier l’humanité) é um quadro realizado pelo escultor e pintor francês Jean-Léon Gérôme em 1896. A pintura pertence às coleções do museu Anne-de-Beaujeu, em Moulins, na França , e está ligada a uma parábola do século XIX:


“A Verdade e a Mentira se encontram um dia. A Mentira diz à Verdade: Hoje é um dia maravilhoso!
A Verdade olha para os céus e suspira, pois o dia era realmente lindo.

Elas passaram muito tempo juntas, chegando finalmente ao lado de um poço. A Mentira diz à Verdade: ‘A água está muito boa, vamos tomar um banho juntas!’
A Verdade, mais uma vez desconfiada, testa a água e descobre que realmente está muito gostosa. Elas se despiram e começaram a tomar banho.

De repente, a Mentira sai da água, veste as roupas da Verdade e foge.
A Verdade, furiosa, sai do poço e corre para encontrar a Mentira e pegar suas roupas de volta.
O mundo, vendo a Verdade nua, desvia o olhar, com desprezo e raiva.
A pobre Verdade volta ao poço e desaparece para sempre, escondendo nele sua vergonha.

Desde então, a Mentira viaja ao redor do mundo, vestida como a Verdade, satisfazendo as necessidades da sociedade, porque, em todo caso, o Mundo não nutre nenhum desejo de encontrar a Verdade nua.”

Existe um outro final dessa parábola que diz:

“A verdade, por sua vez, recusou-se a vestir-se com as vestes da mentira. E por não ter do que se envergonhar, saiu nua a caminhar pelas ruas e vilas. E desde então, é por isso que, aos olhos de muita gente, é mais fácil aceitar a mentira vestida de verdade, do que a verdade nua e crua.”



Publicado originalmente em oversoso.com.br.
Para visualizar a pintura integralmente e em alta definição, clique aqui.




Em adendo, ouça Silvio Matos narrando o conto descrito nesta postagem:



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Mariza

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Marcus Fer

Realmente interessante, até ver que Olavo de Cravalho é citado como defensor da verdade. Aí foi tudo por agua abaixo.

Flavia

olavo de carvalho foi demais, hein

Rodrigo

Não sei nada sobre Olavo de Carvalho. Não sei se ele considerava a Terra plana como uma pizza ou com o formato de uma grande banana. Sei que a frase dele na abertura é perfeita. Não entendo o motivo da reclamação de alguns. Se Hitler dissesse que 2+2=4 e Madre Tereza de dissesse que 2+2=5, Hitler estaria certo e Madre Tereza estaria errada, mesmo assim Hitler continuaria sendo ruim e Madre Tereza boa.

Luiz Henrique

Perfeito demais descobrir a origem desse ditado… profundo e sereno esta fábula, não conhecia a origem dela. E a citação do Olavo só aumenta o quão verdadeiro se faz esta lição de moral da fábula… Todos preferem aceitar as mentiras ”vestidas de verdades” da modernidade e esquecem verdades mais sérias, mais cruas e doloridas, verdades que doem, as quais o Olavo ensinou aos seus alunos. Sou aluno dele, e muitas escamas caíram dos meus olhos e me fizeram olhar a verdade nua e não me espantar com ela, mediante os ensinamentos e obras do prof. Olavo. Sou grato demais a ele!

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