Excertos do livro “Páginas várias”, de Mário Ferreira dos Santos (1907 – 1968).
Editora Logos (junho de 1960).
“Creio na sabedoria divina criadora do cosmos; creio no cavalheirismo dos libertadores de bons prisioneiros; creio no amparo aos perseguidos, e aos necessitados, ávidos de justiça e de liberdade”.
“Creio no orgulho ante os poderosos; na justiça ante os maus; na magnanimidade ante os bons e os mansos, na delicadeza ante as mulheres e as crianças”.
“Creio na Coragem; no domínio dos desejos e no Amor Eterno”.
“Creio na vida e na morte; amo as sombras dos bosques e a luz plena do meio-dia”.
“Creio na Cavalaria Andante, realização suprema do homem bom e viril”.
“Creio que há sempre um ideal a conquistar; feiticeiros que combater, duendes que enfrentar e monstros que destruir”.
“Creio na necessidade do mal para maior glória do Bem”.
“Creio na noite para maior glória do Sol, e no Sol para maior glória da Lua, inseparáveis amigos e confidentes dos campeadores do ideal”.
Escrito por Mário Ferreira dos Santos (1907 – 1968).
Excertos selecionados por Yuri Vieira.
Trechos originalmente publicados no blog do Yuri, em 13 de agosto de 2009.
Nota do editor:
- A imagem associada a esta postagem ilustra recorte da obra: “Dom Quixote de La Mancha”, criada pelo pintor dinamarquês Nikolaj Wilhelm-Marstrand (1810 – 1873).
- A foto anexa ao conteúdo do artigo expõe a ”Catedral Católica da Imaculada Conceição”, em Moscou (Rússia). Visa expor que a beleza da luz é possibilitada pela escuridão.
Dom Quixote é comumente mal interpretado, compreenda a obra de Miguel de Cervantes (1547 – 1616) auxiliado pelo vídeo “A gênese de uma ideia”, por René Girard (1923 – 2015):