Excerto da segunda parte da obra: “Ética Cristã”, escrita por Normal L. Geisler (1932 – 2019).
Livro publicado pela Editora Vida Nova, sob ISBN 978-85-275-0448-5.
Vale salientar: este pequeno trecho contém uma acepção completa, mas não demonstra o objetivo da obra,
capítulo ou mesmo do tópico. Para tal finalidade, consulte o editor.
A ciência moderna conseguiu abrir a janela do útero. Como resultado disso, a evidência de que a vida humana individual começa no exato momento da concepção ou da fertilização ficou cristalina.
Que um óvulo humano fertilizado representa um ser 100% humano é um fato genético. A partir do exato momento da fertilização, toda a informação genética encontra-se presente. O próprio sexo da criança também é determinado no momento da concepção. O óvulo feminino possui apenas vinte e três cromossomos e o esperma masculino possui vinte e três cromossomos, mas um ser humano adulto normal tem quarenta e seis cromossomos. No exato momento da concepção, quando o espermatozoide masculino se une ao óvulo feminino, um novo e microscópico ser humano com quarenta e seis cromossomos surge. Do momento da concepção até a morte, nenhuma informação genética nova é adicionada. Tudo o que é acrescentado desde o momento da concepção até a morte é comida, água e oxigênio.
Em audiência do congresso dos Estado Unidos em 1981, estudiosos e cientistas de todos os cantos do mundo testemunharam sobre o início da vida individual:
Na biologia e na medicina, aceitamos como fato que a vida de qualquer organismo individual, que se reproduza mediante relação sexual, começa na concepção ou na fertilização (Dr. Micheline M. Mathews-Roth). [1]
Aceitar o fato do surgimento de um novo ser, após a fertilização ter acontecido, não se trata mais de uma questão de opinião ou gosto. A natureza humana do ser humano, que vai da concepção até a velhice, não pertence ao campo das discussões metafísicas, pois trata-se de evidência plenamente experimental (Jeromy LeJeune). [2]
Agora nós podemos dizer, de modo inequívoco, que a questão acerca de quando a vida começa deixa de ser algo disputado nos campos da filosofia e da teologia. Isso porque se trata de um fato científico estabelecido. Teólogos, e filósofos podem prosseguir debatendo sobre o significado da vida ou sobre o propósito dela, mas é um fato estabelecido que toda a vida, incluindo a vida humana, começa no momento da concepção (Dr. Hymie Gordon). [3]
A fetologia moderna trouxe à luz alguns fatos impressionantes acerca do crescimento dessa minúscula pessoa no ventre da mãe. O resumo a seguir é um testemunho vívido da plena humanidade da criança antes do nascimento (uma menina, por exemplo).
Primeiro mês: a realidade
- Concepção: Todas as características humanas estão presentes.
- Ela se implanta ou se “aninha” no útero da sua mãe (uma semana ou pouco mais).
- Seu músculo cardíaco pulsa (três semanas).
- Sua cabeça, seus braços e suas pernas começam a aparecer.
Segundo mês: desenvolvimento
- Suas ondas cerebrais podem ser detectadas (de 40 a 42 dias).
- Seu nariz, seus olhos, seus ouvidos e seus dedos aparecem.
- Seu coração bate, e seu sangue (do próprio tipo sanguíneo) flui.
- Seu esqueleto desenvolve.
- Ela tem suas próprias impressões digitais únicas.
- Ela é sensível ao toque em seus lábios e apresenta reflexos.
- Todos os seus sistemas corporais estão presentes e em funcionamento.
Terceiro mês: movimento
- Ela engole, faz caretas e nada ao redor.
- Ela segura com suas mãos e movimenta sua língua.
- Ela até consegue chupar o dedão.
- Ela pode sentir dor orgânica (de 8 a 13 semanas).
Quarto mês: crescimento
- Concepção: Todas as características humanas estão presentes.
- Seu peso aumenta seis vezes (chega a pesar metade do peso que terá quando nascer).
- Ela cresce até atingir 20 a 25 cm de comprimento.
- Ela pode ouvir a voz de sua mãe.
Quinto mês: viabilidade
- Sua pela, seus cabelos e suas unhas se desenvolvem.
- Ela sonha (sono tipo MRO).
- Ela pode chorar (se houver ar presente).
- Ela pode viver fora do ventre.
- Ela está a meio caminho da data marcada para o seu nascimento.
Escrito por Norman L. Geisler (1932 – 2019).
Extraído da segunda parte da obra: “Ética Cristã”,
publicada pela Editora Vida Nova, sob ISBN 978-85-275-0448-5.
Notas:
- Subcommittee on Separation of Powers, report to Senate Juridiary Committee S-158, 97th Congress, 1st session, 1981.
- Ibid.
- Ibid.