Como o próprio título induz, esta postagem contém mensagens extraídas do Telegram.
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A perecível democracia
O que o ateniense da antiguidade considerava como “democracia”, hoje é considerado democracia direta. O que hoje consideramos democracia, o ateniense consideraria “oligarquia”. O ateniense também nos definiria como Estado Oligárquico de Direito. Oligarquia é tudo pelo controle, e tem medo de transparência. Daí a resistência a ter Voto Auditável e a vontade de manter o Ativismo Judicial.
Esse medo de abertura não é só no Supremo; há partidos no Congresso e setores da máquina no próprio Executivo. Todos em conluio contra a sociedade.
Por isso o brasileiro só exerce o voto para escolher quem irá mandar nele. Não existem outras aberturas como nos países do G20. No Brasil, erros eleitorais demoram 4 anos para corrigir e, numa sociedade cada vez mais bem informada, esse fator agrega a frustração crescente. Temos que evoluir disso e não será com essa constituição que virá essa evolução.
Escrito por Luiz Philippe de Orléans e Bragança.
Canal do autor no Telegram: https://t.me/luizphilippe.
Enfim, a extrema-imprensa acertou
Parece que, pela primeira vez, a extrema-imprensa nacional acertou, ao comparar os “negacionistas” — leia-se: aqueles que rejeitam uma vacinação obrigatória — às pessoas do período medieval. Afinal, na Idade Média:
- Não havia um poder central que mandasse sequer na população total de um reino, quanto mais do planeta inteiro;
- Cada senhor de terras tinha seu próprio exército particular, de modo que não havia meios de se impor qualquer decisão compulsória, nem que viesse do rei ou do papa;
- Não havia burocracia administrativa nem sistema jurídico algum que pudesse impedir qualquer cidadão de comprar e vender, trabalhar ou transitar pela cidade como bem entendesse, muito menos jogá-lo, como que em processos kafkianos, numa cela, mesmo sem julgamento ou qualquer evidência de crime;
- A filosofia e a ciência prestavam contas à inteligência humana, não a ideologias políticas, e as discussões universitárias estavam no mais alto nível jamais alcançado;
- E, sobretudo, não havia uma classe jornalística analfabeta e corrupta, paga para posar de entendida em todos os ramos possíveis da vida humana ao mesmo tempo em que seleciona o que e como noticiar e o que esconder, julgando-se a fiscalizadora última da realidade.
Em suma, a Idade Média, comparada ao século XXI, foi um paraíso de liberdade. Faz, portanto, todo o sentido relacionar a esse período quem quer que não aceite ser escravo manso do comunoglobalismo. Quando começarem a encaixar perfeitamente nosso pensamento com o da modernidade pseudocientífica, ateísta e revolucionária, aí sim, teremos razões para nos preocupar.
Escrito por Daniel Marcondes.
Canal do website Cultura de Fato: https://t.me/culturadefato.
O único “homo hominis lúpus”
Quando Freud e Adorno interpretaram como “fracasso da cultura” a explosão da violência nas duas guerras mundiais, eles raciocinavam segundo a premissa iluminista vulgar de que o mal e a destrutividade têm origem na natureza animal da individualdade humana, que tem de ser submetida à ordem racional superior por meio da socialização e da cultura. Mas essa premissa é brutalmente errada. Não há, na individualidade física humana, nada que se aparente, nem de longe, à violência animal. Qualquer indivíduo humano que trate os seus vizinhos e companheiros como os tigres ou os lobos se tratam uns aos outros é imediatamente reconhecido como uma anomalia intolerável, uma monstruosidade viva. A violência humana das guerras não vem de nenhuma “natureza animal” e sim da força organizadora e racionalizadora da sociedade e da cultura. O único “homo hominis lúpus” que existe é o próprio Leviatã que promete hominizar o lobo.
É isso o que explica a adesão em massa de intelectuais e artistas — supostos porta-vozes da cultura apaziguadora — a ideologias monstruosas como o comunismo e o nazismo. A violência não vem da “natureza animal”, mas da ambição de domá-la.
Freud e Adorno eram dois idiotas metidos a domadores. Hobbes, então, nem se fala. É um príncipe da estupidez humana. Joga suas próprias culpas em Deus e na Natureza.
Escrito por Olavo de Carvalho.
Canal do autor no Telegram: https://t.me/opropriolavo.
Interrompendo o bom-senso
Já escutou falar em “manterrupting”?
Essa expressão é muito utilizada pela galera da lacração, e corresponde à junção dos termos “man” (homem) e “interrupting” (interrompendo).
Significa o comportamento abusivo de um homem em, reiteradamente, não permitir que uma mulher conclua o que está dizendo.
É um neologismo combinado com estrangeirismo. Tudo junto e misturado.
O ato de interromper a fala do outro é uma falta de educação (e de noção) praticada por ambos os sexos, evidentemente. Assim, a criação de um neologismo sexista pode acabar contribuindo para a perpetuação da famosa guerra dos sexos.
Entretanto, temos de concordar que a coisa realmente se torna mais grotesca quando é o homem que, obstinadamente, não deixa a mulher falar. O famoso homenzinho de geleia.
O troglodita, o sabichão, o valentão, que fala grosso com a dama, mas vira uma donzela quando tem de interagir com um outro cara barbado e de perna cabeluda.
O que se espera de um homem digno é a postura de cuidado, proteção e zelo para com a figura feminina. A figura do cavalheiro deve ser resgatada.
O sujeito que cresce pra cima de damas serenas e honradas (pior ainda se o faz em uso abusivo de autoridade), não honra as cuecas sujas que veste.
Mas repare: se a mulher “interrompida” não é turma da lacração, as feministas não se importam com ela. Essas podem ser livremente interrompidas pelos machões, não é mesmo?
Escrito por Ludmila Lins Grilo.
O canal da autora no Telegram não é público.
Notas da editoria:
A imagem associada a esta postagem ilustra recorte da obra: “The Letter”, criada em 1896 pelo pintor polonês Władysław Czachórski (1850 – 1911).
Os títulos das mensagens (A perecível democracia, Enfim, a extrema-imprensa acertou, O único “homo hominis lúpus” e Interrompendo o bom-senso) foram atribuídos por nossa editoria.