Cultura de Fato no Telegram: postagens selecionadas (agosto e setembro de 2022)

Obra: "Paper Airplanes", por Caroline Serafinas.

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Geração YouTube


Diversas mídias têm anunciado que jovens usuários estão abandonando o mecanismo de busca do Google e pesquisando seus assuntos diretamente em redes sociais como Instagram e TikTok. O motivo, ao que tudo indica, é que entre “ver figurinhas” e a necessidade de ler, eles estejam preferindo a primeira opção.

Profissionais de determinadas áreas utilizam jargões técnicos visando o reconhecimento imediato dos significados, e certos símbolos convencionados, como os matemáticos, acabam compondo uma espécie de “linguagem unversal”. Porém, como serão escritas e interpretadas, por exemplo, as leis (desde as federais até as regras de um condomínio) por uma geração avessa à leitura?

Por mais que redigidas minuciosamente, as leis sempre permitem distorções; são textos impossíveis de se escrever por meio de meros símbolos ou jargões, pois remetem a um mundo de subjetividades muito mais amplo do que o limitado mundo técnico.

Como ficaremos quando as bulas de medicamentos, os manuais de instruções, as próprias leis e tudo o mais passar a ser escrito por uma geração que só sabe lidar com o visual? Onde isso nos levará?


Por Eric M. Rabello
(1º de agosto de 2022)



Sobre a brevidade da vida


NCapa da obra "Sobre a brevidade da vida", por Sêneca.ão temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de importantes tarefas.

Ao contrário, desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai. Desse modo, não temos uma vida breve, mas fazemos com que seja assim.


Excerto da obra Sobre a brevidade da vida,
de Lúcio Aneu Sêneca

(4 de agosto de 2022)



Impulso medieval favorece o hábito da leitura


Fala-se que a informação virtual teria dado um golpe mortal na leitura. Mas na Feira do Livro de Buenos Airesforam quebrados todos os recordes”, tendo ela recebido 1.324.500 visitantes. A indústria editorial apresentou mais de 1.727 títulos novos de 610 expositores locais e internacionais. Em São Paulo, a 26ª edição da Bienal do Livro quase atingiu o recorde anterior à pandemia, com 660 mil visitantes que em média adquirem sete livros. Muitas editoras tiveram seu melhor desempenho da história. Mais de 300 novas livrarias independentes surgiram nos EUA nos últimos dois anos, em uma retomada sem precedentes. 80% dos livreiros disseram que suas vendas superaram as de 2020. O costume da leitura se popularizou na Idade Média, quando a Igreja introduziu a alfabetização.


Revista Catolicismo
(16 de agosto de 2022)



O Canadá está instalando depósitos de armas e salas de interrogatório para o Ministério da Mudança Climática


Não, não é um trecho de 1984 – o Canadá tem mesmo um Ministério da Mudança Climática e, graças a ele, uma instalação está sendo construída em Winnipeg para tratar dos “criminosos ambientais”. Segundo as plantas originais, ela contará com um depósito de armas, salas de interrogatório, laboratórios biológicos, escritórios de imprensa, “salas silenciosas controladas” e setores de inteligência.

Nos últimos dias de maioria em seu governo, Trudeau aprovou silenciosamente o IAA (Ato de Avaliação de Impacto, em português), que dá aos agentes da chamada Polícia Climática o poder de invadir locais sem mandado para “verificar conformidades ou prevenir não conformidades com o Ato”.

A fraudemia foi um simples ensaio. O espetáculo de fato, em todas as suas cores, está só começando, e ainda estamos apenas nas primeiras cenas.


Cultura de Fato, sobre notícia publicada na Truth 11
(25 de agosto de 2022)



Recordar é viver e, por muitas vezes, um meio de se evitar uma tragédia


Eis o que Lula dizia, em 2007, sobre o Foro de São Paulo, no encerramento do Encontro de Governadores da Frente Norte do Mercosul:


Meus companheiros representantes dos países da América do Sul, eu tive a felicidade de, em 1990, (…) convocar a primeira reunião da esquerda na América Latina, em 1990. Eu tinha terminado a eleição de 89, nós tínhamos saído muito fortalecidos do processo eleitoral e era preciso, então, fazer um chamamento a todas as organizações de esquerda que militavam na política da América Latina, para que pudéssemos começar a estabelecer uma estratégia de procedimento entre a esquerda da América Latina.

Eu me lembro, Chacho, como se fosse hoje, era época da Copa do Mundo de 1990, e a reunião foi feita em São Paulo, por isso é que ficou constituído o Foro de São Paulo. Só da Argentina tinha 13 organizações políticas, 13 grupos de esquerda que não conversavam entre si. A única coisa que os unia era o Maradona, naquele momento. A República Dominicana, que é um país pequeno, tinha 18 organizações de esquerda naquele encontro. Parecia, Ana Júlia, o PT.

Foi uma reunião muito difícil porque as pessoas não confiavam em si, cada um desconfiava do outro, cada um era mais revolucionário do que o outro, cada um era mais guerrilheiro do que o outro. E era preciso, então, criar um ponto de equilíbrio para fazer as pessoas entenderem. Eu descobri isso nas eleições de 89, que era possível, com um pouco de organização, o povo [ = o comunismo] chegar ao poder em qualquer país do mundo e em qualquer país da América do Sul.

(…) nós [brasileiros] temos a obrigação de estabelecer uma estratégia, não de querer fazer uma competitividade em igualdade de condições, mas de ajudar os países mais pobres (Venezuela, Colômbia, etc.) a ter uma relação conosco em que a vantagem possa ser desses países menores.


Se preferir, ouço o discurso de Lula:

Para obter a transcrição, clique aqui.

Cultura de Fato
(29 de agosto de 2022)



Inteligência e verdade


“ICapa da obra: "Inteligência e Verdade", de Olavo de Carvalho.nteligência, no sentido em que aqui emprego a palavra, no sentido que tem etimologicamente e no sentido em que se usava no tempo em que as palavras tinham sentido, não quer dizer a habilidade de resolver problemas, a habilidade matemática, a imaginação visual, a aptidão musical ou qualquer outro tipo de habilidade em especial. Quer dizer, da maneira mais geral e abrangente, a capacidade de apreender a verdade. A inteligência não consiste nem mesmo em pensar. Quando pensamos, mas o nosso pensamento não capta propriamente o que é verdade naquilo que pensa, então o que está em ação nesse pensar não é propriamente a inteligência, no rigor do termo, mas apenas o desejo frustrado de inteligir ou mesmo o puro automatismo de um pensar ininteligente. O pensar e o inteligir são atividades completamente distintas. A prova disto é que muitas vezes você pensa, pensa, e não intelige nada, e outras vezes intelige sem ter pensado, numa súbita fulguração intuitiva.

A inteligência é um órgão — digamos assim: um órgão — que só serve para isto: captar a verdade. Às vezes ela entra em operação através do pensamento, às vezes através da imaginação ou do sentimento, e às vezes entra diretamente, num ato intelectivo — ou intuitivo — instantâneo, no qual você capta alguma coisa sem uma preparação e sem uma forma representativa em especial que sirva de canal à intelecção. Outras vezes há uma longa preparação através do pensamento, da imaginação e da memória, e no fim você não capta coisíssima nenhuma: cumpridos os atos representativos, a intelecção a que se dirigiam falha por completo; dados os meios, a finalidade não se realiza. A inteligência está na realização da finalidade, e não na natureza dos meios empregados. E se a finalidade dos meios de conhecimento é conhecer, e se o conhecimento só é conhecimento em sentido pleno se conhece a verdade, então a definição de inteligência é: a potência de conhecer a verdade por qualquer meio que seja.”


Trecho de uma aula do Seminário de Filosofia / Curitiba – agosto de 1994. Transcrição de Luciane Amato.
Tais aulas foram compiladas na obra Inteligência e Verdade: Ensaios de Filosofia.
(31 de agosto de 2022)



Adolescente de Melbourne diz que agora se identifica como gato – e a escola apoia


De acordo com um registro do Herald Sun, a garota não fala enquanto está na escola, apesar de ser considerada “brilhante“. Uma fonte próxima à família disse que “ninguém parece ter um protocolo para alunos que se identificam como animais, mas a abordagem tem sido a seguinte: desde que isso não traga perturbações à escola, todos serão solidários“.

O Herald Sun também informou que um garoto se identificou como cachorro por determinado período. Em março, meninas de uma escola particular de elite em Brisbane estavam andando de quatro e cortando furos nos uniformes para suas caudas, uma vez que se identificavam como gatos ou raposas. “Quando uma garota se sentou em uma cadeira vazia ao lado, a outra gritou com ela e disse que estava se sentando em sua cauda (…).

Enfim, mais um dia normal no século XXI.


Daily Mail
(2 de setembro de 2022)



Disney lança novo desenho literalmente satânico


“NLittle Demona última semana, a Disney prosseguiu em seu caminho rumo à destruição, lançando um novo desenho chamado Little Demon, e a coisa é tão ruim quanto parece.

O desenho se passa 13 anos depois que uma mulher pagã solteira é engravidada por Satanás (dublado por Danny DeVito), acompanhando esta mulher e sua filha (literalmente a filha de Satanás e referida como ‘Anticristo’) em sua vida cotidiana.

A série apresenta bruxaria demoníaca, rituais pagãos, violência gratuita, sanguinolência e nudez, e a julgar pelo trailer [incluído no link], pode ser facilmente considerada pornográfica por definição.”


The Gateway Pundit
(2 de setembro de 2022)


Irracionais: pela ecologia, por causa da ecologia, ou para uma “Nova Ordem”?


A maioria das baterias que equipam carros elétricos pesam em torno de 450 quilos. Contendo, 11 kg de lítio, cerca de 14 kg de cobalto, 27 kg de níquel e, mais de 40 kg de cobre e 50 kg de grafite — além de aproximadamente 180 kg de aço, alumínio e plásticos.

Agora imaginem as escavações mineiras necessárias para produzir carros elétricos em série e em escala.

E os progressistas ainda dizem que os motores a combustão não são ecológicos.


Por Orlando Braga
(5 de setembro de 2022)



Professor é preso na Irlanda por se recusar a utilizar pronomes neutros


AEnoch Burkepós se recusar a tratar um garoto por pronomes neutros, o professor Enoch Burke foi legalmente afastado de seu colégio e proibido até mesmo de estar presente no local. Ignorando a ordem, Burke dirigiu-se normalmente ao colégio para lecionar, onde foi preso.

Após a decisão, o professor de alemão, história e política disse que não iria desistir de suas crenças cristãs.

“O transgenerismo vai contra minha fé cristã. (…) Minhas crenças religiosas não são má conduta e nunca serão. Elas me são caras. Jamais irei negá-las ou traí-las, e jamais irei me curvar a uma ordem que me exija fazê-lo”, afirmou o professor.

Reparem que em nenhum momento – e o próprio juiz do caso declarou isto – se discutiu a questão em si dos pronomes e as leis/consequências envolvidas. O sistema jurídico já está partindo do princípio de que as pessoas são OBRIGADAS a aceitar tudo isso: o professor foi sumariamente afastado do colégio e, ao resistir, sumariamente preso. Isso significa que os direitos de consciência LGBT são lei; os de consciência cristã, crime – e isto já não é mais discutido, mas imposto como ponto de partida. Resista e você será preso.


Cultura de Fato, sobre notícia no Daily Mail
(6 de setembro de 2022)


Notas da editoria:

Imagem de capa: “Paper airplanes”, por Caroline Serafinas.


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