Estudos provam que…

Obra: "The Stock Exchange" (1878 – 1879), por Edgar Degas (1834 - 1917).

“Frequentemente estudos provam qualquer coisa desejada por aqueles que fizeram o estudo […]. Ninguém tem tempo de checar toda alegação de que estudos provam que […]. Frequentemente ouvirmos que todos os especialistas concordam que ‘A’ é melhor que ‘B’, uma das razões pode ser que aqueles que preferem ‘A’ sejam os que conseguem mais dinheiro para conduzir seus estudos .”

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Destino: “O Todo”, via “O Nada”

The Egged

“Usualmente imaginamos o nada como um espaço vazio, portanto pode ser exemplificado por um vácuo ou uma caixa sem objetos. Todavia, uma área vaga já é algo em si mesma, inclusive mensurável, do contrário não teria sentido alegações como ‘aquele terreno vazio possui 22 metros quadrados’ ou ‘aquela garrafa está vazia, mas suporta até três litros’.”

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Literatos de monociclo

Obra: “Stańczyk” (1862), de Jan Matejko (1838 – 1893).

“Parece que, no Brasil de hoje, para se passar por um intelectual de envergadura é necessário escrever sempre de forma lúdica, com tiradas (supostamente) humorísticas para todo lado, traquejos linguísticos ‘descolados’, piadinhas, trocadilhos e tudo que é bobagem desse tipo. (…) Esse estilo sofrível (…) não é novo entre nós, e representa o que a literatura nacional já produziu de pior.”

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Reino dividido

Obra “O Juramento do Jogo da Péla” (1791), de Jacques-Louis David (1748 – 1825).

“Como explicar que o lado comunista, modernista e neopagão encontre-se mais espiritualmente investido, digamos, do que o lado que se autoproclama cristão e defensor das tradições? Como compreender que se encontre maior devoção em um jovem, para com os movimentos ideológicos, do que no cristão brasileiro médio, para com a própria fé e religião que diz professar?”

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