O culto perfeito

Música ou Missa? Perfis de pessoas e cenário com tons de azul, os quais confundem compreender se trata-se de missa ou show de rock.

Excerto do primeiro capítulo (Carta I), da obra: “Cartas a Malcolm”, escrita por C. S. Lewis.
Livro publicado pela Editora Thomas Nelson Brasil, sob ISBN: 9 788571 670136.
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Vale salientar: este pequeno trecho contém uma acepção completa,
mas não demonstra o objetivo da obra ou do capítulo. Para tal finalidade, consulte o editor.



Um bom sapato é um sapato que você não percebe que está usando. A boa leitura se torna possível quando você não precisa pensar conscientemente nos olhos, na luz, na impressão ou na ortografia. O culto perfeito da igreja seria aquele em que quase estivéssemos sem percebê-lo; nossa atenção estaria em Deus.

Mas toda novidade impede isso. Ela fixa nossa atenção no culto em si; e pensar na adoração é algo diferente de adorar. A importante questão de Graal [1] foi: “Para que serve?” “É uma tola idolatria que torna o culto maior do que o próprio Deus”. [2]

Algo pior pode acontecer. A novidade pode fixar nossa atenção não no culto em si, mas no celebrante. Você sabe o que quero dizer. Por mais que se tenta excluí-la, a pergunta “O que é que ele vai fazer agora?” vai importunar. Isso dissipa a devoção das pessoas. Há de fato alguma justificativa para o homem que disse “Eu gostaria que eles lembrassem que a ordem para Pedro foi ‘Cuide das Minhas Ovelhas’ [3] não ‘Faça experimentos com meus ratos’, nem mesmo ‘Ensine novos truques aos meus cães amestrados’.”


Extraído da obra: “Cartas a Malcolm, escrita por: CS. Lewis (1898 – 1963).
Traduzido por Francisco Nunes. Título original: “Letters to Malcolm, chiefly on prayer”.

Publicado pela editora Thomas Nelson Brasil, sob ISBN: 9 788571 670136.
O título desta postagem, “O culto perfeito”, foi criado pela editoria da Cultura de Fato.


Notas:

  1. Segundo a tradição, é o cálice usado por Cristo na última ceia com os discípulos e com o qual José de Arimateia recolheu o sangue que vertia das feriadas do crucificado. Por isso teria poderes místicos.
  2. William Shakespeare, Tróilo e Cressida, ato 2, cena 2. Tradução de Carlos Alberto Nunes, p. 247. Disponível em: shakespearebrasileiro.org/peca/troilus-and-cressida. Acesso em 29 de setembro de 2019.
  3. João 21:15-17.



Ouça na voz de Décio Neves o excerto do Evangelho utilizado por CS. Lewis (1898 – 1963):

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