“Não há ordem sem justiça.”
Albert Camus (1913-1960)
Há um frase que diz: “De génio e de louco, todos temos um pouco”; até há um livro com este título.
Portanto, uma pequena loucura, de vez em quando, não faz mal a ninguém. O problema agrava-se quando a loucura se torna epidémica, e quando circula pelas elites (a chamada ruling class, que não se circunscreve apenas à classe política) que criam as modas [o Trickle-down Effect, de George Simmel].
O senhor Macron, globalista de gema (e de merda), autorizou que corpos policiais e militares de 43 países patrulhem as ruas de Paris — durante o próximo evento dos Jogos Olímpicos.
Entre os países que policiam as ruas de Paris, está o Catar que apoia oficialmente o Hamas; está a polícia dos Emirados Árabes Unidos, país que defende abertamente a islamização da Europa; as polícias da Coreia, ou do Brasil de Lula da Silva.
Portanto, já não falamos de “intercâmbio” de polícias e forças militares de países da União Europeia e/ou de Schengen*: trata-se da imposição, na cultura antropológica dos povos da Europa, de um plano globalista / mundialista de banalização da ideia de uma “polícia internacional”.
Trata-se, também, de uma tentativa de humilhação do povo francês que, assim, é controlado no seu próprio território por polícias de outros países com quem a França não tem acordos de segurança bilaterais.
O senhor Macron continua a cometer erros, atrás de erros, até finalmente arrebentar totalmente com o centro político em França. E depois, estas bestas ditas “liberais” queixam-se da polarização na política.
Por Orlando Braga.
Originalmente publicado no website do autor, em 22 de julho de 2024.
Notas da editoria:
- Imagem da capa: “Police and Thieves” (2015), por Hugo Mayer.
- Schengen é uma pequena cidade de Luxemburgo onde foi assinado o Acordo de Schengen em 1985. Este acordo levou à criação de uma área de livre circulação para os cidadãos dos países europeus que o assinaram, conhecida como a Zona Schengen. Em suma, a Zona Schengen aboliu os controles de passaporte e outras formas de controle de fronteira entre seus países membros.