“Sempre aja corretamente. Isso irá agradar algumas pessoas e surpreender o resto.”
Mark Twain (1835 – 1910)
O corredor queniano Abel Mutai estava a poucos metros da linha de chegada, mas confundiu-se com os sinais e parou, pensando que ali terminava a prova.
O corredor espanhol Iván Fernández (concorrente) estava logo atrás e, ao perceber que Mutai estava “perdido”, começou a gritar para que o queniano continuasse correndo.
Mutai não sabia espanhol e não entendia.
Percebendo o que estava acontecendo, Fernández conduziu o adversário até o marco final, garantindo a vitória do concorrente.
Um repórter perguntou a Iván:
— Por que você fez isso?
Iván respondeu:
— Meu sonho é que um dia possamos ter algum tipo de vida comunitária onde empurramos a nós mesmos e também outros para vencer.
O repórter insistiu:
— Por que deixou o queniano ganhar?
Iván respondeu:
— Eu não o deixei ganhar; ele ia ganhar. A corrida era dele.
O repórter insistiu e perguntou novamente:
— Mas você poderia ter ganho!
Iván olhou para o noticiarista e respondeu:
— Mas qual seria o mérito da minha vitória? Qual seria a honra desta medalha? O que a minha mãe pensaria disso?
Os valores são transmitidos de geração em geração.
Que valores ensinamos aos nossos filhos? Quanto inspiramos os outros a ganharem?
Muitos aproveitam as fraquezas das pessoas em vez de ajudar a fortalecê-las.
Pense nisso!
Autoria desconhecida.
Fato ocorrido nos Jogos Olímpicos de 2024, França.
Notas da editoria:
Imagem de capa “Corredores”, por Robert Delaunay (1885 – 1941).