A glória de um covarde

Cena de guerra, representando "A glória de um covarde".

Excerto da obra: “Como Educar sua mente”, escrita por Susan Wise Bauer.
Publicada pela editora É Realizações, sob ISBN número: 978-85-8033-208-7.
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O trecho selecionado contém sinopse do romance: “A glória de um covarde”,
escrito por Stephen Crane no ano de 1895.



Henry Fleming, um menino do campo que estava lutando na Guerra Civil, preocupa-se com a sua capacidade de ser corajoso. No início de sua primeira batalha, ele se vê no meio de uma confusa e caótica massa de soldados, todos atirando para todos os lados; ele também começa a atirar, satisfeito e aliviado com a ideia de já se ver lutando (as cenas de batalha de Crane são fascinantes por seu realismo extremo e ponto de vista limitado; ele é o equivalente do século XIX da câmara de vídeo portátil, oferecendo uma visão não profissional, uma perspectiva de homem comum sobre os eventos). Os soldados ao redor de Henry recuam. Henry segue o exemplo deles, como havia feito antes — mas, dessa vez, seguir a multidão o leva para uma fuga covarde. Sentindo-se envergonhado e culpado, Henry reintegra seu regimento, arrastando-se miseravelmente atrás dos que se feriram de forma honrosa: “Ele julgava estar assistindo a uma procissão de seres eleitos […] Nunca conseguiu ser igual a eles”. Ele imagina que os outros soldados estão zombando dele quando passa. Capa da obra: “Como Educar sua mente”, escrita por: Susan Wise Bauer. Tradução Gabriele Greggersen. Publicado pela editora É Realizações, sob ISBN: 978-85-8033-208-7.Subitamente, a fila de feridos é assaltada por uma onda de homens que flui por eles em retirada. Henry se agarra a um soldado que vem passando e pergunta-lhe o que aconteceu, mas o homem, em pânico, dá-lhe uma coronhada com seu fuzil e foge. Agora ferido, Henry finalmente consegue abrir caminho de volta para seu acampamento e conta que foi ferido na batalha (“Ah”, disse o cabo, examinando-lhe a cabeça, “sim você foi atingido de raspão por uma bala. Ficou um colombo estranho, como se algum sujeito tivesse lhe dado uma coronhada”). Logo o regimento submerge novamente na batalha. Henry se esconde atrás de uma árvore e continua atirando cegamente para a frente. Quando a poeira baixa, ele descobre (para sua surpresa) que esteve na linha de frente da batalha: é um herói, não mais um covarde. Stephen Crane chamou A Glória de um Covarde de um retrato do medo, mas o medo e a bravura têm pouca relação com a reputação de Henry; seu heroísmo é puramente acidental.


Extraído da obra: “Como Educar sua mente, escrita por: Susan Wise Bauer.
Tradução Gabriele Greggersen. Excerto da parte II, tópico V.
Publicado pela editora É Realizações, sob ISBN: 978-85-8033-208-7.


Nota:

Na obra: “Como Educar sua mente. O guia para ler e entender os grandes autores”, antes da sinopse escrita por Susan Wise Bauer, há uma recomendação para que, “A glória de um covarde, um epsódio da Guerra Civil Americana” (1895), seja lida na tradução de Sérgio Rodrigues (Edição Lacerda, 2000 / Rio de Janeiro).




Compreenda os objetivos do livro de Susan Wise Bauer. Assista palestra de Gabriel Perissé em função do lançamento da obra “Como Educar sua mente”:


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