Postagens selecionadas do Telegram (Set/Out 2021)

Obra: "Reading" (1873), de Francesco Netti (1832 - 1894).

* Títulos nossos, à exceção do quarto tópico



1. Atualmente, subserviência é sinal de “inteligência” e de “bom senso”


Os tempos mudaram. Hoje, ser inteligente é aceitar tudo aquilo que os dirigentes e seus experts propõem. Bonito é estar do lado do sistema, ser defensor do status quo.

O que antes era considerado subserviência e sinal de falta de autonomia intelectual, transformou-se em modelo de discernimento e bom senso. Se você quiser parecer antenado, basta repetir os discursos oficiais e submeter-se anencefalamente às decisões dos poderosos.

Ser chique é ser subjugado. Ser sábio é ser capacho dos poderosos.


Por Fabio Blanco.
Publicado em 30 de setembro de 2021 no canal do autor (para acessá-lo, clique aqui).



2. Resumindo toda a política brasileira dos últimos tempos


Ainda em 1994, em um debate na Band (vídeo abaixo) para o 1º turno das eleições presidenciais, FHC resume, em uma única resposta, toda a política brasileira dos últimos tempos.

Com a maior tranquilidade do mundo, admite incorporar o movimento que, diante da falta de representatividade política do conservadorismo nacional e da ausência de alguém que defendesse abertamente seus princípios, transformou o processo eleitoral em um jogo exclusivo ao centro e à esquerda (da qual também assume fazer parte, ao admitir-se orgulhosamente um social democrata).

Este é justamente o sistema no qual Olavo de Carvalho, com sua obra, provocou um rombo, alargado ainda mais pela subsequente eleição de Jair Bolsonaro, ainda que prematura. Não é à toa, portanto, que hoje vemos esse Leviatã ferido a se debater violentamente, desesperado.

E eles farão qualquer coisa para protegê-lo.



Publicado em 18 de setembro de 2021, no canal da Cultura de Fato.



3. Sobre o sentido da história


“O sentido dado pela filosofia à aventura histórica determina a estrutura do devir essencial; não determina o futuro. O filósofo, não o historiador, sabe o que o homem busca. O historiador, não o filósofo, nos ensina o que o homem encontrou e aquilo que, quem sabe amanhã, ele encontrará.

(…) O destino histórico, já comprovado pelo passado, é apenas a cristalização, para todo o sempre, de nossos atos; em relação ao que virá, ele nunca está fixado. Não que a nossa liberdade seja plena: a herança do passado, as paixões humanas e as servidões coletivas fixam demarcações. A limitação da nossa liberdade não nos obriga a nos curvarmos de antemão diante de uma ordem detestável. Não há fatalidade global. A transcendência do futuro é, para o homem, ao longo do tempo, um incentivo ao querer e uma garantia de que, aconteça o que acontecer, a esperança não morrerá.”


Raymond Aron, O Ópio dos Intelectuais.
Publicado em 16 de setembro de 2021, no canal da Cultura de Fato.



4. Eu sei que tua faculdade não te ensinou o que é tecnocracia


Você já deve ter ouvido – ou até mesmo falado – a seguinte frase: “precisamos de técnicos decidindo os rumos do país, não de políticos”.

Você deve ter se sentido super inteligente, ponderado e isento falando isso, correto?

Pois bem: você caiu na falácia da tecnocracia.

A tecnocracia se caracteriza pela transferência do poder decisório dos representantes eleitos pelo povo a um grupo de não eleitos.

Em nome da sacrossanta “técnica”, portanto, a vontade de um povo (política) é substituída pelo entendimento de meia dúzia de “estudados” (técnicos).

A entrega do poder aos técnicos, portanto, significa a exclusão do povo do processo decisório dos rumos do país, que passa a ser tutelado por uma meia dúzia de iluminados doutores, donos de todo o saber e ciência, que acabam escolhendo e determinando o que é o melhor para o povo.

Portanto, em um país tecnocrata, as decisões sobre aborto, ideologia de gênero, questões culturais em geral, são entregues de bandeja a um grupo de cientistas que se dirão conhecedores do profundo saber: segundo eles, o “povão” não está habilitado a opinar.

O ativismo judicial, no Direito, é uma forma de tecnocracia jurídica, já que coloca o técnico – o membro do Poder Judiciário – acima do legislador, que foi aquele eleito pelo povo para fazer valer suas aspirações. Aqui, vemos claramente o “técnico” se colocando acima do povo.

José Pedro Galvão de Sousa explica que a idolatria tecnicista em um país só pode culminar na uniformização das relações humanas, cujas condutas serão impostas pelos doutos cientistas “democraticamente” de cima para baixo, resultando fatalmente em um modelo de Estado socialista.

Conclui-se, portanto, que quadros técnicos são importantes, mas o sistema representativo requer também a presença de elementos que compreendam questões metafísicas, que vão muito além do cientificismo, e que preservem os verdadeiros valores fundamentais de uma nação.


Por Ludmila Lins Grilo.
Publicado em 21 de setembro de 2021 no canal do autor (para acessá-lo, clique aqui).



5. Eleições na Argentina


Após denunciar irregularidades nas eleições primárias e exigir a abertura das urnas, a candidata evangélica e pró-vida, Cynthia Hotton, recupera mais de 10.000 votos e consegue passar para a etapa final das eleições para o Legislativo.

Tirando as dúvidas: na Argentina votamos com cédulas de papel. A contagem dos votos se divide em provisória e em definitiva (nessa etapa podem solicitar a abertura das urnas, como foi o caso).


Por Maria Laura Assis.
Publicado em 30 de setembro de 2021 no canal do autor (para acessá-lo, clique aqui).



6. China passou a considerar jogos eletrônicos como uma “forma de arte”


O regime ditatorial chinês passou a considerar jogos eletrônicos como uma “forma de arte” que devem respeitar “a história e cultura” chinesa.

Entre as novas regras, a proibição de romance homossexual ou apresentação de personagens transgêneros, além de homens “afeminados”.


Por Leandro Ruschel.
Publicado em 4 de outubro de 2021 no canal do autor (para acessá-lo, clique aqui).


Adendo nosso:
Na China, desde primeiro de setembro de 2021, menores de 18 anos só poderão jogar online 3 horas semanais, obrigatoriamente entre 20 e 21 horas e às sextas-feiras, sábados, domingos e feirados.



7. Como obter imunidade sobre a espiral do silêncio


O senador e médico americano Rand Paul esfrega na cara do Secretário de Saúde e advogado a questão da imunidade natural de uma forma desconcertante.

Imunidade natural é robusta e duradoura e portanto não há porque submeter quem já teve COVID-19 a injeções experimentais e riscos desnecessários.

Estamos saindo da espiral do silêncio!



Publicado em 2 de outubro de 2021, no canal Médicos pela Vida.


Notas da editoria:

Imagem de capa: “Reading” (1873), do pintor italiano Francesco Netti (1832 – 1894).


Postagens similares:



Artigos relacionados

5 3 votos
Classificação
Inscrever-se
Notifique-me sobre
guest
0 Comentários
 mais antigos
mais recentes  mais votado
Comentários
Visualizar todos os comentários
0
Adoraríamos receber sua crítica. Por favor, escreva-a!!x