Unidade do exército nigeriano ficou de braços cruzados enquanto militantes queimavam casas de cristãos

Obra: "The Man on Fire" (2017), por Maria Ambroziewicz Natoli

Artigo original disponível em
https://www.persecution.org/2022/03/30/nigerian-army-unit-watched-militants-burn-christian-houses/.



A deslocada e traumatizada comunidade cristã de Jebbu-Miango foi atacada novamente por militantes Fulani na noite de terça-feira. A comunidade está localizada a 7 quilômetros de um quartel do exército nigeriano e a 15 quilômetros de Jos, capital do estado.

Os militantes vieram à noite, nós corremos, vimos os militantes Fulani queimando nossas casas, que acabamos de reconstruir.” O líder comunitário da vila disse ao ICC que uma unidade do exército nigeriano esteve presente durante o ataque, mas se recusou a impedir que os militantes queimassem as casas, alegando não ter recebido ordens dos seus superiores para fazê-lo.

Nos últimos oito dias, militantes Fulani seguiram atacando a comunidade e destruindo suas plantações. As forças locais de segurança não protegem sua comunidade e o governo não vem em seu auxílio.

Davidson Malison, porta-voz dos Irigwe, deu informações atualizadas sobre o ataque em um comunicado de imprensa, dizendo: “A milícia Fulani invadiu a vila de Kpatenvie (Jebbu-Miango) na última noite (29 de março de 2022), por volta das 23:10”. Disse ainda que “uma pessoa foi morta; outra foi atingida por disparos de armas de fogo e está recebendo tratamento em um hospital não revelado”.

E 15 habitações com 52 quartos foram colocadas abaixo, cerca de 20 celeiros de alimentos e cozinhas foram destruídos, 10 máquinas de bombeamento de água, 1 carro e 1 motocicleta foram todos queimados, incontáveis mudas de batatas prontas para o plantio foram queimadas e destruídas.” Ele informou que o homem que morreu foi o Sr. Kayi Garba, de 63 anos, e a pessoa ferida é John Ishaya Ahmadu.

Gata Moses, ativista pelos direitos das comunidades na Nigéria, escreveu ao ICC sobre o recente ataque. “Mais uma ameaça extrema à terra Irigwe ressurgiu, deixando tanta dor na vida de pessoas que acabam de retornar às suas comunidades, após deixá-las em agosto de 2021. (…) Este ataque planejado aos Irigwe, uma nação pacífica e amável, é brutal e completamente não provocado e injustificável.

Pedimos aos agentes de dentro e fora do estado que se mantenham em plena solidariedade ao povo de Rigwe e tragam um fim a esta ameaça. Já basta”, escreveu Moses.

O Fulani, que é praticante do islamismo, é um dos maiores grupos étnicos da Nigéria. Enquanto muitos são nômades, há um número de nigerianos proeminentes — incluindo o presidente Muhammadu Buhari — que são Fulani. A grande maioria dos Fulani é pacífica, mas certos elementos entre eles parecem determinados a disseminar o ódio e a violência. Esta facção superou até mesmo o Boko Haram em termos de violência contra as vilas cristãs da Nigéria.


Por International Christian Concern
Traduzido por Daniel Marcondes


Nota da editoria:

Imagem da capa: “The Man on Fire” (2017), por Maria Ambroziewicz Natoli.




Confira, neste áudio, alguns comentários do filósofo Olavo de Carvalho (1947 – 2022) sobre perseguições cristãs:


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Hilda Procópio

Olavo foi um gênio …e deixou um legado impressionantes …

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