Em prol do Estado: todos contra todos!

Obra: "The Uprising", de Honoré Daumier (1808 – 1879).

A questão não é o que é melhor mas quem decide o que é melhor.
Thomas Sowell

Notas da editoria



Se fôssemos socialistas querendo incrementar esse sistema, o que faríamos? Certamente haveria uma economia, proveniente de gente que trabalha, e teríamos que tirar dinheiro do bolso deles, que são necessariamente submissos, afinal, seríamos o poder e, assim, poderíamos editar medidas provisórias no apagar das luzes, poderíamos aumentar de forma escondida impostos, ou seja, poderíamos fazer coisas sorrateiras. Contudo, precisaríamos de certa legitimidade, precisaríamos mostrar alguma razão para fazer tais coisas. Então como poderíamos agir? Poderíamos criar a ideia de que, na sociedade, todo mundo é inimigo de todo mundo, afinal, seria necessário que alguém fizesse a arbitragem, e esse alguém seria o Estado. Então começaríamos incentivar todas as reivindicações de minorias. Criaríamos a ideia de que os negros são inimigos dos brancos ou, ao contrário, criaríamos a noção de que os homens são inimigos das mulheres, etc.

(Uma vez perguntei para uma investigadora da delegacia da mulher: “o que acontece quando uma mulher apanha da vizinha e vai reclamar em sua delegacia?”, ela respondeu: “nada!”. Eu interroguei: “nada?”, e ela explicou: “só atendemos quando o agressor for homem”. Aí falei: “então não é delegacia da defesa da mulher, é delegacia contra o homem!”. Ela falou: “justamente! É isso!”).

Então, se precisássemos criar um Estado com superpoderes, inventaríamos brigas em cada canto da cidade. Plantaríamos a ideia de que o cartola do futebol é inimigo do torcedor; aí criamos o estatuto do torcedor. Criaríamos a ideia de que o jovem é inimigo do velho; então criaríamos o estatuto do idoso. Criaríamos a ideia de que o branco é inimigo do negro; então criaríamos leis para proteções raciais. Criaríamos a ideia de que os patrões são inimigos dos empregados; aí criaríamos legislações trabalhistas. Criaríamos a ideia de que os fabricantes são inimigos de consumidores; aí criáramos o PROCON! Ou seja, faríamos parecer que todos os indivíduos em uma sociedade estão permanentemente em embates, distúrbios e inimizades. E, como todos não param de brigar, poderíamos fazer o sacrossanto Estado financiado pelos brigões gerar mecanismos repressores.




Esse conjunto extraordinário de legislações, ditas de natureza social, são armadilhas que estão pondo no seu trajeto, que são financiadas com o seu dinheiro para controlar tudo. Não aceite! O Estado não deve ter envolvimento em ações privadas!

Se algum empresário não atende bem você, não compre mais dele. Conte para todo mundo que se trata de uma empresa vigarista, não vá correndo pedir ajuda ao Estado. Se você for mulher e receber uma cantada de algum homem, faça como toda mulher fez até hoje: coloque-se na sua posição de superioridade e não dê a mínima! Uma mulher comum tem um controle absoluto sobre qualquer homem. Claro, pode haver um ou outro maluco incontrolável, mas as mulheres mandam nas relações, são elas que estabelecem o enredo. É ridículo uma mulher que leva uma cantada ir correndo pedir ajuda para a polícia! Que país ridículo é esse?

Nós estamos infantilizando todo mundo!

Como o Estado infantiliza todo mundo? Novamente, gerando a ideia de que todos são inimigos de todos! Aí, o Estado, ao invés de trabalhar beneficamente para a sociedade, fica tentando controlar nossa fala, alma, espírito, coração, etc. Você acha que isso é pouco totalitarismo? Os milicos autoritários são mais brandos. Eles não querem conquistar a sua mente, não querem produzir o seu enredo, impedem que você veja o filme “x” ou o filme “y”, mas não querem que você pense de outra forma!

O que vivemos hoje é um totalitarismo típico daquilo que Orwell escreveu em “1984”. É uma espécie de “Big Brother” – sabe tudo o que você diz, lê, escreve… e, daqui a pouco, estará olhando o que você faz na internet com direitos em acessar suas mensagens. Enfim, somos controlados com nosso próprio dinheiro, e esse é o problema fundamental. Deveríamos nos rebelar um pouco; ao menos, deveríamos ficar chateados com isso. Agora o pior é, ingenuamente, entrarmos nesta história e ainda achar que é bonito que tem lei disso e daquilo!

Pense um pouco e saia da hipnose coletiva! Pergunte: “será que isso está certo?”. Faça a mesma coisa que você deve estar fazendo agora.


Proferido por José Monir Nasser (1957 – 2013).
Adaptado por Eric M. Rabello. Revisado por Fabio Rabello.


Subir com fundo cinza Nota da Editoria:

1. Imagem da capa: “The uprising”, de Honoré Daumier (1808 – 1879).
2. Este artigo foi originalmente publicado na Cultura de Fato em 30 de janeiro de 2016. A data de 26 de janeiro de 2024 corresponde à última edição.




Assista ao vídeo que deu origem a esta postagem:


Para selar o conceito acima elucidado por José Monir Nasser (1957 – 2013), ouça ao trecho do programa True Outspeak que foi ao ar em 22 de outubro de 2007, nele o filósofo Olavo de Carvalho explica os reais objetivos do movimento feminista.



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