Não desvie o assunto

Obra: "Love Among the Ruins" (1873), por Edward Burne-Jones (1833 - 1898).

Tudo o que não é eterno, é eternamente inútil.
C. S. Lewis (1898 – 1963)



Não finja que é sobre política, educação, saúde ou salvar o planeta…
Não se distraia com o que não é realmente importante.

Não imagine que é sobre “dar certo na vida“, empreender, encontrar um amor ou ficar famoso…
Não desvie o assunto.

Não invente que é sobre viajar, espremer a vida ao máximo para obter algum prazer…
Se tudo acaba…
Que diferença fará daqui a cem anos?

É sobre o sentido da vida, sobre como termina essa história.
E, se não termina, o que vem depois?

É sobre a eternidade gravada no coração, sobre o anseio pelo que nada nesse mundo pode satisfazer.

É sobre prestar contas ao Autor disso tudo; sobre uma consciência culpada, que sabe que transgrediu as leis gravadas nela!

Obra "Provérbios Neerlandeses" (1559), por Pieter Bruegel (1525–1530 / 1569). Tamanho Pequeno.É sobre um réu que tenta se esconder acusando outros – “veja, ele também é culpado!“.
Já ouvimos essa história, já repetimos e repetimos…

Mas não mude de assunto – pouco importa quantos condenados você é capaz de apontar ao redor -, sua culpa é real!

Há um mal real causado por você – alguém sofre por sua promessa quebrada, foi lesado por sua mentira, atingido por seu egoísmo, afetado por sua preguiça, negligenciado por sua irresponsabilidade, induzido a erro por seus erros -, uma ofensa palpável contra o Senhor do Universo. É diante dEle que você terá que prestar contas!

Não há terapias, drogas, ideologias capazes de apagar sua culpa.
Fingir que não é real não funciona. Vociferar ódio contra familiares, o governo, a sociedade ou quem quer que seja, não vai transferir sua culpa.

Se distrair no engajamento por alguma boa causa não muda o fato de que é culpado. Boas obras não cobrem as más.

O que diríamos de um juiz que deixasse livre um assassino porque este salvou uma baleia ou ajudou um idoso a atravessar a rua?

Não pense que pode acumular boas ações para quitar o mal que você fez – não pode! O Juiz é justo – ou não teria condições de ocupar o posto de Juiz de todo o Universo.

Você sabe que transgrediu os mesmos princípios dos quais acusa outros de serem culpados. Bastaria sua própria jurisprudência para condená-lo!

Não tente disfarçar…
O engajamento pela paz no mundo, a luta por uma sociedade melhor não escondem seus conflitos internos, nem sua inabilidade para manter a harmonia em seu próprio lar – e, principalmente, não escondem que está em guerra com Deus.

Três Gerações (1897), do artista americano Charles Marion Russell (1864 - 1926). Tamanho Pequeno.É sobre obter a paz com Deus!

E acha que pode se distrair com outros assuntos? Pode desperdiçar a vida assim, fingindo que o tema é outro?
Quanto vale o agora na escala de medidas da eternidade?

Até quando correr atrás do vento – buscando prazer, sucesso, poder e até a pretensa harmonia no mundo? Que diferença todas essas quinquilharias farão daqui a cem anos?

Se a consciência já cobra caro (noites de sono, ansiedade, medo do medo – haja terapias, drogas e nenhum resultado que acalente o coração inquieto), quanto cobrará o Senhor da vida diante de quem você prestará contas?

É sobre encontrar a paz com Deus! Por que desperdiçar o agora com outra busca senão aquela que realmente importa?

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1)

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Romanos 8.1)


Por Noeme Rodrigues de Souza Campos.
Publicado originalmente no website da Editora Ultimato, em 5 de maio de 2022.


Notas da editoria:

Imagem da capa: “Love Among the Ruins” (1873), por Edward Burne-Jones (1833 – 1898).


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