Acusam-me!

Acusam-Me

Se cometi tantos erros, se tão rico e variado é o repertório dos meus pecados,
para que inventar mais um, acusando-me logo daquilo que não fiz?
”,
Olavo de Carvalho.



Acusam-me de ser:

• racista, porque sou branco;
• fascista, porque não voto no PT, no PC do B nem no PSOL;
• homofóbico, por ser heterossexual;
• traidor da causa operária, por dizer que a CUT é um antro de petistas;
• machista, por ser contra o aborto;
• fundamentalista, por sustentar que estado laico não é o mesmo que estado ateu;
• falso católico, por mostrar os desvios políticos e pastorais da CNBB;
• reacionário, por divulgar os insucessos das experiências totalitárias;
• saudosista do DOI-CODI, por querer segurança pública e bandidos na cadeia;
• antissocial, por valorizar o mérito e ser contra cotas raciais, sociais e sexuais;
• prepotente, por apreciar a disciplina e querer a ordem;
• idiota, por afirmar que nas economias livres as sociedades são mais prósperas do que nas economias estatizadas;
• vendilhão da pátria, afirmar que o Estado não deve fazer o que a iniciativa privada também possa;
• golpista, por querer o impeachment da presidente Dilma;
• inimigo dos pobres, por ser contra o governo petista;
• criminalizador dos movimentos sociais, por apontar os crimes que cometem;
• neoliberal, por afirmar que pagamos impostos excessivos a um Estado larápio, grande demais e incompetente demais;
• ultra-direitista, por sustentar que o Foro de São Paulo é uma organização comunista, hoje mantida pelo governo do PT, com planos de poder para toda a Íbero-América.

Juro minha inocência perante todas as acusações. Penso que, bem ao contrário, elas provam a má índole dos meus acusadores.

(Em “prisão domiciliar”, sem tornozeleiras, recuperando-me de pequena cirurgia, aproveitei o tempo para adaptar à minha experiência pessoal um texto que, segundo li, teria sido escrito, originalmente, em francês).


Escrito por Percival Puggina.
Publicado originalmente no website do autor, em 4 de abril de 2015.




No vídeo, José Monir Nasser (1957 – 2013) esclarece: todos contra todos, direciona todos em prol do totalitarismo!


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