“O cristianismo, se for falso, não tem valor; se for verdadeiro, tem valor infinito.
A única coisa que lhe é impossível é ser ‘”‘mais ou menos’ importante.”
C. S. Lewis (1898 – 1963)
Analisando a Ressurreição de Jesus cientificamente, buscaremos evidências que confirmem este evento extraordinário, original e único na história.
Primeira evidência: a historicidade. Trata-se de um acontecimento realmente acontecido na história, com sinais e testemunhos historicamente atestados: a) que Jesus foi publicamente justiçado na Judeia no século I d. C., sob Pôncio Pilatos, por meio da crucificação e mediante instigação do Sinédrio Judaico; b) também temos relatos históricos não-cristãos de Flávio Josefo, Cornélio Tácito, Lúcio de Samosata, Maimônides e do próprio Sinédrio Judaico.
Segunda evidência: o sepulcro vazio. Quando as mulheres piedosas e os discípulos se dirigiram depois de três dias ao sepulcro, encontraram-no vazio. Claro que o sepulcro vazio poderia ser explicado de outra forma. No entanto, a cena que Pedro encontrou não deixava espaço para outras interpretações: as bandagens que enfaixavam o corpo de Jesus apareciam estendidas, sem terem sido removidas ou afrouxadas por mãos humanas. Mas o corpo poderia ter sido roubado pelos próprios discípulos? Acusar os discípulos de fraude não explica o sumiço pois é pouco provável que continuassem propagando uma mentira custando-lhes perseguição e até morte. Mais cedo ou mais tarde, para salvar a própria vida, alguém acabaria confessando a mentira.
Terceira evidência: as aparições. São numerosas as aparições de Jesus documentadas pelo Novo Testamento. Todas as aparições atestam que o corpo que aparece é o mesmo que foi flagelado e crucificado e são corroboradas pela concordância de diferentes pessoas, em situações e lugares diferentes. Além disso, o fato de ter-se manifestado às mulheres incrédulas e consideradas juridicamente não confiáveis no contexto hebreu daquele tempo, reforça a veracidade das manifestações.
E se fosse uma alucinação? A alucinação é ver alguma coisa que não existe na realidade, mas que pressupõe reconhecer o objeto da própria alucinação. No entanto, existe o episódio dos discípulos de Emaús que explica como este “objeto de alucinação” não é reconhecido, faz-se tocar ou até mesmo come.
Quarta evidência: o testemunho ocular de testemunhas atestados como sinceras. As testemunhas jamais repudiam a verdade da Ressurreição de Cristo, apesar das longas torturas e, em muitos casos, pagando com a vida. Se fosse uma mentira, por que mantê-la diante de perseguições, aprisionamentos, torturas e morte? É insano pensar que alguém manteria uma mentira sem ganho algum; pelo contrário, pagando com o martírio.
Quinta evidência: a conversão dos céticos, começando por Paulo de Tarso, que, de perseguidor feroz, passou a defensor devoto.
Alguém poderia objetar que os Evangelhos não são uma fonte confiável. Uma pesquisa de António Socci descreve uma seleção de 300 profecias sobre a figura do Messias, tiradas do Antigo Testamento e as suas correspondências no Novo. Delas emerge que todas, sem exceção, são perfeitamente realizadas na pessoa e na vida de Jesus e em nenhum outro. Descrevem com grande precisão e com séculos de antecipação os detalhes da sua vida.
Por Everaldo Cescon.
Publicado no LinkedIn do autor em 7 de abril de 2023.
Nota da editoria:
Imagem da capa: “A Incredulidade de São Tomé” (1601 – 1602), de Caravaggio (1571 – 1610).
Aprenda mais. Assista ao vídeo no qual Willian Lane Craig expõe evidências da Ressurreição de Jesus Cristo: